quinta-feira, 31 de maio de 2007

na cidade luz...


“[...] Sob o Segundo Império, Haussmann ocupa-se apenas dos bairros bons e constrange os proletários a um um êxodo para a periferia. Às margens de suas brilhantes avenidas , os pardieiros prosperam sem peias [...]”

Durante o Segundo Império de Napoleão (1851-1870) Paris passa por uma modificação urbana coordenada pelo barão Georges Haussmann. Haussmann notou as condições intoleráveis da cidade originadas pelo crescimento da população.
Nessas condições ele alargou ruas, construiu grandes avenidas, derrubou casas. Com isso, plantas de residências foram padronizadas e as fachadas foram regularizadas.
Neste contexto surgem os palácios parisienses, apartamentos destinados tanto para moradores mais abastados quanto para pessoas de menor poder aquisitivo.
Existiam os apartamentos de primeira classe, para indivíduos com fortunas maiores. Possuíam duas orientações, uma para o pátio e outra para a rua. Este tipo de habitação não possuía mais do que quatro apartamentos, sendo que três possuíam pé-direito elevado. O último pavimento é destinado a famílias mais pobres. Esta hierarquia pode ser verificada na escada que dá acesso a este último andar, enquanto os outros pavimentos possuem escadas de pedra o acesso ao pavimento mais elevado é feito através uma escada de madeira.
Assim como o imóvel de primeira classe os edifícios destinados a segunda classe também eram erguidos sobre adegas e porão. Diferentemente da construção de primeira classe este possui cinco pavimentos e dois apartamentos por andar. Possui duas escadas uma principal destinada aos moradores e outra secundária de serviço, sendo que, neste caso, a escada de principal é feita toda de madeira. Uma peculiaridade deste edifício é que o primeiro e o segundo pavimentos são normalmente destinados a lojas.

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